Um pouco da história do Departamento de Pessoal

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Um pouco da história do Departamento de Pessoal

Paulo Pereira
Escrito por Paulo Pereira em 12 de maio de 2017
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A gente passa anos e anos executando uma atividade, porém, pouquíssimas vezes nos damos ao luxo de pesquisar sobre a história daquilo que fazemos. Se este é o seu caso fique em paz, porque neste artigo falarei um pouco sobre a origem das funções do que conhecemos hoje como Departamento de Pessoal.

Porém, antes de tudo, quero deixar uma coisa bem clara: É Departamento DE Pessoal e não Departamento Pessoal. Vou copiar uma explicação de um outro blog, muito bom por sinal, sobre o porquê da minha afirmação.

O departamento é “pessoal”? Não. É o departamento que cuida das pessoas, do pessoal que trabalha na empresa. O mesmo raciocínio usa-se ao nomear o Departamento de Contabilidade, Departamento de Finanças, Departamento de Compras. Portanto, o correto é Departamento de Pessoal. (Gramática e Questões Vernáculas)

Um pouco da história do Departamento de Pessoal no Brasil

Quando estava fazendo as pesquisas para escrever este post, deparei-me com uma pequena dificuldade: as informações disponíveis na internet sobre o tema, são bem escassas. De todo modo, encontrei fontes bem interessantes e que nos fornecem um excelente material.

De acordo com o Portal da Educação, a fundação do Departamento de Pessoal já existe desde a época da escravidão, quando as atividades eram designadas a uma pessoa de confiança, que recebia o nome de feitor e tinha como tarefa contabilizar a quantidade de trabalhados e cuidar de todas as questões relacionadas a eles.

Ainda conforme a mesma fonte, após o fim do regime escravagista e a importação de mão de obra barata no Brasil, como os italianos, por exemplo, esse feitor era encarregado de fazer os pagamentos aos empregados – na época, valores simbólicos que acabavam “amarrando” mais ainda os trabalhadores ao proprietário da fazenda.

Devido ao processo natural de evolução da sociedade, as empresas começaram a surgir e consequentemente a visão e necessidade da administração das pessoas envolvidas na produção passou a ser uma realidade.

Embora logo no início não existissem leis trabalhistas, havia necessidade, no entanto, de algum profissional que controlasse os pagamentos e horários dos funcionários.

De acordo com Cecília Iorio, no livro Manual de Administração de Pessoal, em face da enormidade de decretos e decretos-leis surgiu então o “chefe de pessoal”, profissional especialista em leis do trabalho e na infinidade de documentos que exigia a sua administração.

Os “chefes de pessoal” eram responsáveis pelo controle de pagamento, estipulando certa quantia que para eles eram o suficiente para a sobrevivência dos funcionários, sendo controladas as informações para o pagamento apenas em fichas, desde sua admissão até a data de sua saída, a prioridade eram apenas com os papeis dos trabalhos e não com o trabalhador.

Com o advento da legislação trabalhista promovido durante a Era Vargas e a consequente criação do Ministério e Justiça do Trabalho, os empregadores passaram a ser obrigados a seguir muitas normas e possuir diversos controles, tais como:  formular registro na carteira de trabalho, direito a férias, proteção ao trabalho do menor, entre etc.

Uma grande demanda exige pessoas qualificadas e especializadas para atendê-la. Desta forma, a função de Departamento de Pessoal passou a ser uma figura necessária à todas as empresas. O departamento era requisitado para assessorar os empregadores no que se referia aos aspectos trabalhistas e previdenciários.

O Departamento de Pessoal nos dias de hoje

Dentre inúmeros departamentos existentes em uma empresa, principalmente naquelas que seguem os padrões de organização estabelecidos pela feroz evolução do processo das relações comerciais, influenciadas principalmente pelo conceito de globalização que entendemos hoje, está o Departamento de Pessoal, ou como melhor conhecemos: “DP”.

Infelizmente, o DP carrega até os dias de hoje o rótulo da “folha de pagamento”, como se fosse isso sua única função, desprovida de qualquer grau de dificuldade ou importância. Entretanto, a realidade não é esta.

Esta célula da administração é responsável, além da folha, por registrar os empregados, processar férias, rescisões, GFIP (Guia da de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à Previdência), enviar CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e CAT (Comunicado de Acidente do Trabalho) ao Ministério do Trabalho e Emprego, emitir os documentos e guias para recolhimento de tributos, entre algumas outras atividades inerentes às exigências prepostas pela burocracia trabalhista, previdenciária e tributária.

Desta forma, há que se fixar as seguintes “máximas”:

  1. A folha de pagamento é apenas uma das funções do departamento. A mais importante que converge para diversas outras obrigações, mas não a única, como já vimos;
  2. Uma má administração dos processos deste departamento podem levar a significativos prejuízos para uma empresa, o que nos remete à sua importância dentro dos componentes de uma boa organização.

É necessário compreender toda a estrutura dos procedimentos do departamento para assim entendê-lo como ferramenta indispensável na gestão dos recursos corporativos. Porém, sobre este assunto, falaremos em outro momento.

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